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Greve: Usuários do metrô temem aglomerações após redução da frota

Após liminar do Metrô-DF junto ao TRT, categoria vai operar com 60% dos trens da frota. A maioria dos usuários ouvidos pela reportagem não sabia da decisão e teme aglomerações que acelerem a transmissão do coronavírus

Publicada em 19/04/21 às 15:21h - 281 visualizações

por Alternativa Popular FM Sobradinho-DF


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 (Foto: Alternativa Popular FM Sobradinho-DF)
Os usuários do metrô foram pegos de surpresa na manhã desta segunda-feira (19/4) com o anúncio da greve dos metroviários. A paralisação por tempo indeterminado começou à 0h de hoje após longa assembleia que havia começado ainda no início da noite de domingo (18/4).  A princípio, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (Sindmetrô-DF) propôs operar com 30% da frota.  A categoria exige direitos trabalhistas para o triênio 2021-2023. Após o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) acatar pedido do Metrô-DF, a circulação de trens ficou definida em 60%.Ezequiel Gustavo, 18 anos, trabalha em uma loja de decoração, na estação Arniqueiras, em Águas Claras. Morador de Ceilândia Sul, ele aguardava um trem na estação da região quando soube da greve pela reportagem. Ezequiel Gustavo, 18 anos, trabalha em uma loja de decoração, na estação Arniqueiras, em Águas Claras. Morador de Ceilândia Sul, ele aguardava um trem na estação da região quando soube da greve pela reportagem."Não sabia de nada dessa decisão dos trabalhadores. É complicado, ainda mais no meio de uma pandemia. Lembro de outras greves nos últimos anos que eu tive que ir a pé para a escola sem trens do metrô disponíveis", recorda o estudante do Centro de Ensino Médio 4, de Ceilândia Sul.

Ele destaca os efeitos da paralisação para a população que precisa usar o transporte público neste momento de crise sanitária. "Essa questão de aglomeração, principalmente, é complicado com essa greve devido à pandemia. Com menos trens pra ir e voltar, vai ter muito mais gente nos trens. Querendo ou não, funcionando normalmente, já tem uma aglomeração grande, com trens lotados. Isso poderia ser melhor pensado", opina Ezequiel.O garçom Max Lenno Fernandes de Andrade, 31, foi para a Estação Taguatinga Centro, sem saber da redução da frota em 60%. Mesmo de folga do trabalho, ele precisou usar o transporte público para resolver um problema de cadastro do cartão de passagem, em um posto de atendimento do Banco de Brasília (BRB), na L2 Sul.

"É complicado passar por essa situação porque atrapalha o transporte em tempos de pandemia. Tanto no ônibus quanto no metrô, os veículos vão ficar superlotados, e isso vai atrapalhar o combate ao vírus, o que vai trazer mais transtorno para governo e população. Poderiam negociar mais um tempo antes de ter a paralisação", opina Max.

Para ele, manter o funcionamento normal do metrô é uma questão de bom senso com os usuários. "Estamos vendo pessoas morrendo e, mesmo assim, decidiram a greve de madrugada, sem avisar direito a situação. E não tem como a gente usar carro com frequência. Para que eu vou gastar R$ 40 de gasolina para ir ao meu trabalho, na Asa Sul, sendo que posso pegar metrô", contesta o morador de Ceilândia.

Entenda o caso

Funcionários do sistema metroviário do Distrito Federal haviam anunciado a greve por tempo indeterminado a partir da última sexta-feira (16/4). Decisão foi pleiteada em assembleia virtual no último domingo (11/4), que analisou as tratativas de negociação com a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários (Sindmetrô), não houve avanço e a categoria decidiu por decretar a paralisação.

Na madrugada desta segunda (19/4), a greve foi anunciada por tempo indeterminado. A ação foi tomada após longa assembleia que havia começado ainda no início da noite de domingo (18/4). Foram mais de 150 votos favoráveis pela greve, 22 pelo cancelamento e um pelo adiamento do ato.

Faixas exclusivas

Em nota, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) informou que a greve dos funcionários do Metrô-DF não trará alterações ao tráfego de veículos nas faixas exclusivas das vias W3 Sul, W3 Norte, Setor Policial Sul e Eixo Monumental. "As faixas permanecem exclusivas para ônibus e facultativa para táxis e veículos do transporte escolar", esclarece.




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